A Paixão é o Mínimo: Trabalho Exige Muito Mais
- Natascha Javoski
- 5 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
A inspiração para este texto veio do meu filho, que passou brilhantemente no vestibular para Direito na PUC-Rio e está prestes a iniciar sua própria jornada profissional. Refletindo sobre minha trajetória, quis compartilhar algumas palavras com ele, com seus queridos amigos, e com todos vocês.
Muito se fala hoje em dia sobre encontrar a paixão no trabalho. É inspirador, sem dúvida. Mas pouco se fala sobre algo ainda mais importante: a capacidade de levantar e ir trabalhar mesmo quando a paixão não está lá, mesmo nos dias difíceis, sem

motivação. Porque o trabalho, no fim das contas, não é apenas sobre paixão. É sobre algo muito maior.
A paixão pode ser o ponto de partida, mas sozinha não sustenta uma trajetória de sucesso. Para construir algo sólido e significativo, é preciso adicionar uns “temperos”:
Responsabilidade: cumprir o que precisa ser feito, independentemente do humor ou das circunstâncias. Asseguro que nas 1.000 noites que virei fechando deals de M&A, eu não estava gargalhando...
Persistência: continuar avançando, mesmo quando os resultados demoram a aparecer. E eles quase sempre demoram.
Disciplina: criar uma rotina que não dependa de inspiração, mas de comprometimento.
Foco: saber o que importa e eliminar as distrações.
Busca constante por conhecimento: o mercado muda, as exigências mudam, e nós precisamos crescer para acompanhar.
O romantismo da paixão não substitui o esforço diário, o aprendizado constante e a capacidade de lidar com os desafios. A verdade é que o sucesso vem para quem está disposto a fazer o trabalho necessário, mesmo quando não é glamouroso ou divertido.
Então, sim, encontre algo que você ame. Mas, acima de tudo, desenvolva a resiliência e a disciplina para continuar, independentemente do entusiasmo do momento.
Porque a paixão é só o mínimo; o diferencial está em quem assume a responsabilidade de ir além.



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